Toda palestra empresarial sobre inovação, criatividade e competência costuma citar o Cirque du Soleil como exemplo. Trata-se de algo bastante metafórico, pois vemos no próprio corpo dos artistas o resultado de seu esforço, vontade e constantes treinos. Eles usam uma ferramenta acessível - nossos pés e mãos, coluna e tórax, braços e pernas - para alcançar desempenhos nunca imaginados por pessoas como nós, que mal e mal frequentam a academia.
A atuação dos bailarinos, trapezistas, acrobatas do Cirque é um misto de esporte e arte, que exige não só o aproveitamento de cada músculo do corpo, mas também a sensibilidade de conversar com o público por meio de seus malabarismos. Cada salto, cada contorcionismo faz parte de uma narrativa, reflete uma história de vida.
O livro de Lyn Heward e John Bacon é muito rico por ir além do enfoque empresarial. Não se trata de usar o espetáculo como um exemplo para obter maior esforço no trabalho, mas sim um conjunto de ideias que podemos utilizar para aproveitar melhor a nossa vida (em todos os seus múltiplos aspectos). Pois a vida é enfrentar um leão por dia, cuspir fogo, dançar na corda-bamba, ser equilibrista... e equilibrado.
Trechos:
"Eles aprenderam a render-se aos seus sentidos, confiar em seus instintos, correr riscos e enfrentar novos desafios num ambiente artístico estimulante; seu trabalho, ora solitário, ora coletivo, gira em torno da investigação de novas formas de entrar em contato com o público e tocá-lo, tendo sempre em vista a sua própria reinvenção. Sua ambição é levar de volta ao mundo o que este lhes trouxe, na roda incessante do dar, receber e renovar - e, nesse sentido, funcionam como catalisadores."
"(...) um acidente não passa de uma oportunidade disfarçada para sermos criativos."
"Quanto melhor nos damos, mais liberdade temos para nos soltarmos e expressarmos nossas ideias e emoções. É difícil ser criativo no isolamento. A verdadeira criatividade é fruto de muita colaboração... e, sim, mesmo de conflitos e confrontos."
"Sem prazos e orçamentos, creio que não teríamos nem metade da nossa criatividade. São eles que nos obrigam a criar soluções que do contrário jamais nos ocorreriam. É incrível a capacidade de motivação que os limites de tempo, dinheiro e recursos podem ter. Algumas das nossas ideias mais inspiradoras surgiram das mais espartanas situações."
"Para mim, o técnico é responsável pela motivação da equipe como um todo. Eu posso fazer um discurso para motivar uma multidão de mil pessoas, mas o que mais adoro são as interações pessoais. Para mim, ensinar é isto: trabalhar cara a cara, um a um, ajudar a pessoa a aprimorar a sua técnica, a compreender quem ela é. No Cirque, precisamos comover o público todas as noites. Para isso, cada um tem de encontrar aquela pequena pérola que guarda dentro de si e ofertá-la à plateia. Ao ensinar alguém, nós o ajudamos a encontrar essa pérola."
A atuação dos bailarinos, trapezistas, acrobatas do Cirque é um misto de esporte e arte, que exige não só o aproveitamento de cada músculo do corpo, mas também a sensibilidade de conversar com o público por meio de seus malabarismos. Cada salto, cada contorcionismo faz parte de uma narrativa, reflete uma história de vida.
O livro de Lyn Heward e John Bacon é muito rico por ir além do enfoque empresarial. Não se trata de usar o espetáculo como um exemplo para obter maior esforço no trabalho, mas sim um conjunto de ideias que podemos utilizar para aproveitar melhor a nossa vida (em todos os seus múltiplos aspectos). Pois a vida é enfrentar um leão por dia, cuspir fogo, dançar na corda-bamba, ser equilibrista... e equilibrado.
Trechos:
"Eles aprenderam a render-se aos seus sentidos, confiar em seus instintos, correr riscos e enfrentar novos desafios num ambiente artístico estimulante; seu trabalho, ora solitário, ora coletivo, gira em torno da investigação de novas formas de entrar em contato com o público e tocá-lo, tendo sempre em vista a sua própria reinvenção. Sua ambição é levar de volta ao mundo o que este lhes trouxe, na roda incessante do dar, receber e renovar - e, nesse sentido, funcionam como catalisadores."
"(...) um acidente não passa de uma oportunidade disfarçada para sermos criativos."
"Quanto melhor nos damos, mais liberdade temos para nos soltarmos e expressarmos nossas ideias e emoções. É difícil ser criativo no isolamento. A verdadeira criatividade é fruto de muita colaboração... e, sim, mesmo de conflitos e confrontos."
"Sem prazos e orçamentos, creio que não teríamos nem metade da nossa criatividade. São eles que nos obrigam a criar soluções que do contrário jamais nos ocorreriam. É incrível a capacidade de motivação que os limites de tempo, dinheiro e recursos podem ter. Algumas das nossas ideias mais inspiradoras surgiram das mais espartanas situações."
"Para mim, a criatividade tem a ver, antes de mais nada, com coragem - a disposição para correr riscos, experimentar coisas novas e compartilhar experiências com os outros."
"Nossa determinação de nos mantermos na nossa zona de conforto é tão grande que aprendemos a conviver até com a decepção, se ela for um terreno familiar em que nos sintamos protegidos. Os nossos medos nos impedem de atingir as nossas metas. Só se nos dispusermos a correr riscos podemos esperar realizar algo extraordinário."
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