Um daqueles casos clássicos em que o livro é muito melhor do que o filme. "Matilda", para mim, sempre foi sinônimo das (muitas) aulas vagas no Ensino Fundamental de escola pública, em que a solução era acumular as crianças na sala de vídeo para assistir a um filme que critica o sistema tradicional de ensino. Ao descobrir que o autor deste livro era o mesmo do que escreveu o politicamente incorreto Fantástica Fábrica de Chocolate, decidi dar uma chance à obra. E não houve arrependimentos, uma vez que o romance infantil traz elementos que aprovo: crítica à escola ditatorial, olhar questionador em relação àqueles que põe os negócios acima de tudo, e crianças que têm atitudes polêmicas. É um daqueles livros de colocar os cabelos dos pais em pé, questionando-se qual a probabilidade de seus filhos virarem tão sapecas quanto a protagonista. No entanto, representa muito bem a realidade dos pequenos, que merecem sim ter o seu momento de atazanar os adultos que não os compr...