Ana Paula Maia foi uma das minhas descobertas literárias deste ano - mulher e negra fazendo literatura sobre os marginalizados, não parece apenas coincidência o fato de seu nome tanto custar a despontar entre as revistas e tertúlias literárias.
Fascinada por "Entre rinhas de cachorros e porcos abatidos", que foi o meu primeiro contato com a sua obra, comecei a pesquisar mais livros de sua autoria. Depois de "Gado animal", foi a vez de "A guerra dos bastardos".
Um dos pontos interessantes da obra de Ana é a insistência nos mesmos personagens, livro após livro. Aqui pude conhecer talvez um rascunho, talvez uma outra cena da vida de Edgar Wilson, que foi também protagonista das duas publicações que li.
Apesar de gostar de rever o personagem em um cenário diverso, este foi o livro de que menos gostei até agora da produção da autora. O seu maior problema é partir de uma situação bastante inverossímil no começo, o que me deixou desconfiada durante toda a leitura. Apenas no final, com a guarda um pouco mais baixa, pude perceber que a intenção era exatamente essa: narrar coincidências pouco críveis para criar um clima mais dinâmico, surpreendente. O fim da história é engraçado, violento e muito bem construído, mas a sensação que tive foi de que talvez a obra funcionasse melhor como roteiro de cinema. Como romance, o excesso de personagens é um pouco confuso e a inverossimilhança inicial interfere bastante na relação com a leitura.
Fascinada por "Entre rinhas de cachorros e porcos abatidos", que foi o meu primeiro contato com a sua obra, comecei a pesquisar mais livros de sua autoria. Depois de "Gado animal", foi a vez de "A guerra dos bastardos".
Um dos pontos interessantes da obra de Ana é a insistência nos mesmos personagens, livro após livro. Aqui pude conhecer talvez um rascunho, talvez uma outra cena da vida de Edgar Wilson, que foi também protagonista das duas publicações que li.
Apesar de gostar de rever o personagem em um cenário diverso, este foi o livro de que menos gostei até agora da produção da autora. O seu maior problema é partir de uma situação bastante inverossímil no começo, o que me deixou desconfiada durante toda a leitura. Apenas no final, com a guarda um pouco mais baixa, pude perceber que a intenção era exatamente essa: narrar coincidências pouco críveis para criar um clima mais dinâmico, surpreendente. O fim da história é engraçado, violento e muito bem construído, mas a sensação que tive foi de que talvez a obra funcionasse melhor como roteiro de cinema. Como romance, o excesso de personagens é um pouco confuso e a inverossimilhança inicial interfere bastante na relação com a leitura.
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