Livro de estreia da poetisa Gabriela Mistral (que viria a ser a primeira latina a ganhar o prêmio Nobel) "Desolación" anuncia a que vem pelo título: é uma obra desoladora. É tamanha a falta de perspectiva que, ao final, há um posfácio curto da autora em que ela diz: "Deus me perdoe este livro amargo - e aqueles que sentem que a vida é doce, que me perdoem também".
Com muitos elementos autobiográficos (tão típicos do gênero), há o reflexo, nos poemas, das muitas turbulências que a poeta enfrentou em seus anos de juventude. Apaixonada por um homem comprometido, viu o fim abrupto deste relacionamento quando seu par suicidou-se. Católica com ardor, enfrenta dilemas constantes entre suas crenças religiosas e as muitas desgraças que a vida lhe impõe. Ademais, escritora com sangue indígena, é vítima de preconceito tanto por sua cor quanto por sua condição de mulher.
A obra é dividida em quatro partes: vida, dolor, escuela e naturaleza. As duas primeiras refletem muito das angústias de um eu lírico dilacerado pela dor. Em contraponto, "escuela" já aponta a vocação pedagógica de Gabriela, com poemas que idealizam a figura da maestra. Por fim, "naturaleza" retrata a solidão da Patagônia, onde a poeta viveu por algum tempo. É uma pena que tão pouco seja traduzido ou se conheça de Mistral no Brasil - uma poeta de peso maior.
Com muitos elementos autobiográficos (tão típicos do gênero), há o reflexo, nos poemas, das muitas turbulências que a poeta enfrentou em seus anos de juventude. Apaixonada por um homem comprometido, viu o fim abrupto deste relacionamento quando seu par suicidou-se. Católica com ardor, enfrenta dilemas constantes entre suas crenças religiosas e as muitas desgraças que a vida lhe impõe. Ademais, escritora com sangue indígena, é vítima de preconceito tanto por sua cor quanto por sua condição de mulher.
A obra é dividida em quatro partes: vida, dolor, escuela e naturaleza. As duas primeiras refletem muito das angústias de um eu lírico dilacerado pela dor. Em contraponto, "escuela" já aponta a vocação pedagógica de Gabriela, com poemas que idealizam a figura da maestra. Por fim, "naturaleza" retrata a solidão da Patagônia, onde a poeta viveu por algum tempo. É uma pena que tão pouco seja traduzido ou se conheça de Mistral no Brasil - uma poeta de peso maior.
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