São tantos os títulos, ambientes, mitologias que cercam a figura de Frida Kahlo que podemos nos perguntar pelo porquê de mais uma biografia. No entanto, o trabalho realizado por Hayden Herrera é tão minucioso que o resultado não gera dúvidas quanto à sua qualidade ou necessidade no mercado editorial. Além do mais, para uma artista que majoritariamente se dedicou aos autorretratos, não é incoerente a grande quantidade de pesquisas biográficas sobre ela, personagem tão intensa da história da arte.
O que particularmente merece atenção na obra de Herrera, além das pesquisas, entrevistas e explorações realizadas, é o cuidado de apresentar um pouco de Frida ao leitor por meio de suas próprias palavras. Ao contrário de biografias que não contam com uma sequer frase autoral do personagem retratado, neste livro temos várias cartas, rascunhos, desenhos e, ao final, uma compilação de algumas obras marcantes da mexicana. O mesmo vale para as pessoas importantes na vida da pintora, cujos textos (sejam cartas, sejam depoimentos) por vezes também aparecem, dando maior credibilidade ainda à empreitada.
Apesar de ser ícone de tantos movimentos, desde a retomada da cultura nativa até símbolo pop de consumo, Frida não se encaixa em categorias. Os constantes e mutantes autorretratos já seriam uma prova deste fato por si próprios; contudo, a leitura da obra ajuda a consolidar esta impressão. Figura intensa, transbordante de sentimentos e essencialmente polêmica, ela já torna por princípio qualquer leitura sobre a sua personalidade interessante - sejam os seus próprios quadros, sejam biografias, como a de Herrera.
O que particularmente merece atenção na obra de Herrera, além das pesquisas, entrevistas e explorações realizadas, é o cuidado de apresentar um pouco de Frida ao leitor por meio de suas próprias palavras. Ao contrário de biografias que não contam com uma sequer frase autoral do personagem retratado, neste livro temos várias cartas, rascunhos, desenhos e, ao final, uma compilação de algumas obras marcantes da mexicana. O mesmo vale para as pessoas importantes na vida da pintora, cujos textos (sejam cartas, sejam depoimentos) por vezes também aparecem, dando maior credibilidade ainda à empreitada.
Apesar de ser ícone de tantos movimentos, desde a retomada da cultura nativa até símbolo pop de consumo, Frida não se encaixa em categorias. Os constantes e mutantes autorretratos já seriam uma prova deste fato por si próprios; contudo, a leitura da obra ajuda a consolidar esta impressão. Figura intensa, transbordante de sentimentos e essencialmente polêmica, ela já torna por princípio qualquer leitura sobre a sua personalidade interessante - sejam os seus próprios quadros, sejam biografias, como a de Herrera.
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