Conheci Alcione Araújo pelo livro de crônicas "Cala a boca e me beija", que, apesar do título prosaico demais, pelo conteúdo que me atraiu mais do que o de "Urgente é a vida". Escritor sulista, bastante reconhecido nesta região do país, o autor foi também filósofo, característica que sobressai-se bastante nesta coletânea de crônicas. Ainda que o gênero exija uma reflexão sobre o cotidiano, em muitos dos textos deste livro a dissertação deixa pouco espaço para a leveza da crônica.
As primeiras cem páginas contêm muitos dos melhores textos da obra. As duas primeiras crônicas, em especial, prometem um livro de muita poesia na linguagem - o que não se cumpre inteiramente. O primeiro texto traça uma intertextualidade (talvez não intencional) com a canção "Construção", de Chico Buarque, e o segundo relata o primeiro encontro do autor com Drummond. São as duas melhores crônicas do livro, logo nas primeiras páginas.
Não se trata de um livro ruim; como muitas coletâneas, equilibra textos ótimos com outros nem tão bons. No entanto, no geral é uma obra bem construída e de leitura prazerosa.
As primeiras cem páginas contêm muitos dos melhores textos da obra. As duas primeiras crônicas, em especial, prometem um livro de muita poesia na linguagem - o que não se cumpre inteiramente. O primeiro texto traça uma intertextualidade (talvez não intencional) com a canção "Construção", de Chico Buarque, e o segundo relata o primeiro encontro do autor com Drummond. São as duas melhores crônicas do livro, logo nas primeiras páginas.
Não se trata de um livro ruim; como muitas coletâneas, equilibra textos ótimos com outros nem tão bons. No entanto, no geral é uma obra bem construída e de leitura prazerosa.
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