Li muito Stanislaw Ponte Preta quando era adolescente - se não me engano, todos os livros da biblioteca da cidade que levavam o seu nome na capa foram parar nas minhas mãos, para uma leitura sem compromisso, mas com muito entretenimento. Não me lembro, no entanto, de ter tido contato com a obra do escritor assinada sem pseudônimo, ou seja, publicada como de autoria de Sérgio Porto.
Já não sei avaliar se foi meu julgamento de leitora que mudou drasticamente ou se prefiro o Stanislaw, mas o fato é que As cariocas é um livro extremamente fraco. Na introdução, Jorge Amado explica que Sérgio não estava habituado a escrever novelas, e que a transição do mundo da crônica foi bem realizada - opinião da qual discordo. Se fossem textos curtos, talvez essa reunião de histórias se salvasse. Mas, como foi elaborada, ficou um conjunto desigual, ora com predominância de um tom pedante, ora com ênfase em detalhes absolutamente dispensáveis.
Não se trata de enredos ruins - pelo contrário, o plot das novelas até soa interessante. O que incomoda é que o livro é mal escrito mesmo, com cara de trabalho de iniciante ou de redação escolar. Com uma escrita tão enfadonha, o encanto do enredo se perde - só sobra uma coleção de tramas mixurucas e sem força narrativa.
A adaptação para a série de TV conta com 9 episódios, mas apenas 4 são inspirados nos textos de Porto. No geral, a versão televisiva consegue encontrar o tom de humor leve (ainda que bastante machista) que o livro não tem. Os episódios têm cerca de 20 minutos, bastante curtos, assim como as novelas deveriam ter sido escritas: menos detalhes, mais foco nas reviravoltas do enredo. Afinal, não é uma grande literatura - apenas engraçadinha.
Já não sei avaliar se foi meu julgamento de leitora que mudou drasticamente ou se prefiro o Stanislaw, mas o fato é que As cariocas é um livro extremamente fraco. Na introdução, Jorge Amado explica que Sérgio não estava habituado a escrever novelas, e que a transição do mundo da crônica foi bem realizada - opinião da qual discordo. Se fossem textos curtos, talvez essa reunião de histórias se salvasse. Mas, como foi elaborada, ficou um conjunto desigual, ora com predominância de um tom pedante, ora com ênfase em detalhes absolutamente dispensáveis.
Não se trata de enredos ruins - pelo contrário, o plot das novelas até soa interessante. O que incomoda é que o livro é mal escrito mesmo, com cara de trabalho de iniciante ou de redação escolar. Com uma escrita tão enfadonha, o encanto do enredo se perde - só sobra uma coleção de tramas mixurucas e sem força narrativa.
A adaptação para a série de TV conta com 9 episódios, mas apenas 4 são inspirados nos textos de Porto. No geral, a versão televisiva consegue encontrar o tom de humor leve (ainda que bastante machista) que o livro não tem. Os episódios têm cerca de 20 minutos, bastante curtos, assim como as novelas deveriam ter sido escritas: menos detalhes, mais foco nas reviravoltas do enredo. Afinal, não é uma grande literatura - apenas engraçadinha.
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