Publicado apenas três anos antes do livro mais desolador de Drummond ("Claro Enigma"), "Novos Poemas" parece vir na ressaca de "A rosa do povo". Com um olhar que já não traz a mesma esperança utópica da obra anterior, ainda assim este livro curto de poemas gira em torno da questão da empatia, do entregar-se ao outro.
O primeiro poema da obra (como sempre são fortes as aberturas em Drummond!) é intitulado "Canção amiga" não por acaso. Este conjunto poético tem por função reconhecer-se no próximo, levar empatia a quem possa: à mãe da garota desaparecida, aos cidadãos sob regimes ditatoriais, aos mártires de guerra. É uma obra de acolhimento, ainda que desesperançado.
O texto que encerra a obra é um poema em prosa ("O enigma") e antecipa não só o título, mas o tom já mais sombrio da coletânea posterior. E a pedra no caminho drummondiana permanece, mesmo nesta obra feita de empatia: "Mas a Coisa interceptante não se resolve. Barra o caminho e medita, obscura".
O primeiro poema da obra (como sempre são fortes as aberturas em Drummond!) é intitulado "Canção amiga" não por acaso. Este conjunto poético tem por função reconhecer-se no próximo, levar empatia a quem possa: à mãe da garota desaparecida, aos cidadãos sob regimes ditatoriais, aos mártires de guerra. É uma obra de acolhimento, ainda que desesperançado.
O texto que encerra a obra é um poema em prosa ("O enigma") e antecipa não só o título, mas o tom já mais sombrio da coletânea posterior. E a pedra no caminho drummondiana permanece, mesmo nesta obra feita de empatia: "Mas a Coisa interceptante não se resolve. Barra o caminho e medita, obscura".
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