Recentemente, com a controversa independência da Catalunha, a complexidade do território de fala castelhana voltou a ser pauta na mídia - de maneira quase sempre superficial e grosseira. Nesse contexto de total desinformação, mesmo a produção mais despretensiosa - como é o caso das duas comédias comentadas aqui - pode servir como uma fonte a mais de conhecimento sobre um tema historicamente intrincado.
O primeiro longa da sequência, "Ocho apellidos vascos", recorre ao mote clássico romeu-e-julieta: um casal surge entre inimigos, com ela vasca e ele, andaluz. Um das graças de ambos os filmes é ver os personagens tentando fingir que são de origens distintas, como o espanhol que incorpora algumas palavras da língua euskera à sua fala. Nessa jogada cômica, vemos, por um lado, os estereótipos de cada nação dentro da Espanha; de outro, percebemos o quão complexa é a identidade de cada um desses povos, que soa patética quando forjada por alguém de outra cultura.
Por serem comédias, são obras que lidam com o exagero, alguns preconceitos e padrões que fazem rir. No entanto, é interessante ver que ninguém escapa da crítica - nem os vascos tradicionalistas, nem os espanhóis paranoicos, nem os catalães hipsters. Todos são englobados no mesmo discurso, que tanto faz rir quanto refletir sobre as diferenças fundamentais dessas culturas. E, por serem comédias românticas, pregam o tema da união - que, mesmo quando cafona, é necessário.
O primeiro longa da sequência, "Ocho apellidos vascos", recorre ao mote clássico romeu-e-julieta: um casal surge entre inimigos, com ela vasca e ele, andaluz. Um das graças de ambos os filmes é ver os personagens tentando fingir que são de origens distintas, como o espanhol que incorpora algumas palavras da língua euskera à sua fala. Nessa jogada cômica, vemos, por um lado, os estereótipos de cada nação dentro da Espanha; de outro, percebemos o quão complexa é a identidade de cada um desses povos, que soa patética quando forjada por alguém de outra cultura.
Por serem comédias, são obras que lidam com o exagero, alguns preconceitos e padrões que fazem rir. No entanto, é interessante ver que ninguém escapa da crítica - nem os vascos tradicionalistas, nem os espanhóis paranoicos, nem os catalães hipsters. Todos são englobados no mesmo discurso, que tanto faz rir quanto refletir sobre as diferenças fundamentais dessas culturas. E, por serem comédias românticas, pregam o tema da união - que, mesmo quando cafona, é necessário.
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