Qual é a utilidade da arte? Para quem serve a arte contemporânea?
As indagações acima são consideradas inocentes diante do leque de possibilidades de uma obra artística - afinal, ela não tem de servir a ninguém e nem ter um uso funcional para ser carregada de significados e potencializadora da vida. Ideologicamente, portanto, a resposta aos questionamentos surge de forma simples; no entanto, como bem mostra o filme "The Square", a arte é também consumo - restrita, elitista, por vezes degenerada.
Absolutamente sarcástico, o roteiro do filme centra-se no contexto de um museu sueco de arte contemporânea, revelando um pouco do backstage desse universo. Por meio das transações realizadas, da busca por popularidade, da discussão apoiada em jargões vazios, aos poucos o espectador percebe que o ambiente corporativo de um museu pouco difere do de uma empresa ou de um banco.
Assim, as perguntas propostas inicialmente se expandem: a finalidade da arte é ser capitalizada? Quem define o bom gosto - os que podem pagar por ele? Se todos precisam dela para ressignificar a existência, por que encarcerá-la em um espaço, sujeita a palestras com especialistas renomados e patrocínio da elite?
São muitas as questões suscitadas pelo filme - que, ironicamente, é uma excelente obra de arte mas que, assim como seu objeto de crítica, também tem público restrito e consumista.
As indagações acima são consideradas inocentes diante do leque de possibilidades de uma obra artística - afinal, ela não tem de servir a ninguém e nem ter um uso funcional para ser carregada de significados e potencializadora da vida. Ideologicamente, portanto, a resposta aos questionamentos surge de forma simples; no entanto, como bem mostra o filme "The Square", a arte é também consumo - restrita, elitista, por vezes degenerada.
Absolutamente sarcástico, o roteiro do filme centra-se no contexto de um museu sueco de arte contemporânea, revelando um pouco do backstage desse universo. Por meio das transações realizadas, da busca por popularidade, da discussão apoiada em jargões vazios, aos poucos o espectador percebe que o ambiente corporativo de um museu pouco difere do de uma empresa ou de um banco.
Assim, as perguntas propostas inicialmente se expandem: a finalidade da arte é ser capitalizada? Quem define o bom gosto - os que podem pagar por ele? Se todos precisam dela para ressignificar a existência, por que encarcerá-la em um espaço, sujeita a palestras com especialistas renomados e patrocínio da elite?
São muitas as questões suscitadas pelo filme - que, ironicamente, é uma excelente obra de arte mas que, assim como seu objeto de crítica, também tem público restrito e consumista.
Comentários
Postar um comentário