No panorama político conturbado da atual América Latina, "A Cordilheira" é um filme que não pode ser analisado de maneira neutra. Ainda que não haja apologias e as alegorias sejam, em certa medida, sutis, é fato que esta é uma tentativa de retrato dos intrincados rumos dos governos de hoje.
Ricardo Darín, no papel de presidente da Argentina, interpreta um personagem bastante ambíguo. As intenções nunca são claras para o espectador, que busca nas minúcias os significados não revelados. Talvez uma alegoria de Macri, o político antipopulista e elegantemente cruel é um enigma para quem vê a obra.
Outro aspecto instigante no enredo é o presidente brasileiro, bastante estereotipado na figura de um coronel dotado de um discurso passional. Mais para um Getúlio Vargas do que um Lula, o personagem é um retrato curioso de como os hermanos nos veem (e, claro, não é um olhar muito gentil).
Filme escuso, escorregadio, pouco explícito em suas intenções - ou seja, tal como a política da América do Sul.
Ricardo Darín, no papel de presidente da Argentina, interpreta um personagem bastante ambíguo. As intenções nunca são claras para o espectador, que busca nas minúcias os significados não revelados. Talvez uma alegoria de Macri, o político antipopulista e elegantemente cruel é um enigma para quem vê a obra.
Outro aspecto instigante no enredo é o presidente brasileiro, bastante estereotipado na figura de um coronel dotado de um discurso passional. Mais para um Getúlio Vargas do que um Lula, o personagem é um retrato curioso de como os hermanos nos veem (e, claro, não é um olhar muito gentil).
Filme escuso, escorregadio, pouco explícito em suas intenções - ou seja, tal como a política da América do Sul.
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