O gênero de filmes de terror, em sua tradição direcionado ao efeito catártico, dificilmente surpreende o espectador pelo enredo. Ao menos quando falamos em longa-metragens estadunidenses de grande bilheteria, o que se espera é um consumo fácil, sem grandes complicações.
É justamente ao ir contra essa corrente que "Get out!" inova. É terror problematizador, que consegue garantir doses de adrenalina na mesma medida em que suscita questões incômodas. Mais do que apavorar, a obra provoca: qual é o limite do nosso preconceito? A convivência pacífica entre etnias é possível? Como conviver com o que é diferente sem querer eliminar essa distinção?
Outro aspecto excelente é a ironia bem pensada. A ideia do branco "bonzinho", descolado, eleitor de Obama, é desconstruída de forma crua. Ao final da exibição, se não pregarmos os olhos à noite, não é por procurar monstros embaixo da cama - mas sim dentro de nós mesmos.
É justamente ao ir contra essa corrente que "Get out!" inova. É terror problematizador, que consegue garantir doses de adrenalina na mesma medida em que suscita questões incômodas. Mais do que apavorar, a obra provoca: qual é o limite do nosso preconceito? A convivência pacífica entre etnias é possível? Como conviver com o que é diferente sem querer eliminar essa distinção?
Outro aspecto excelente é a ironia bem pensada. A ideia do branco "bonzinho", descolado, eleitor de Obama, é desconstruída de forma crua. Ao final da exibição, se não pregarmos os olhos à noite, não é por procurar monstros embaixo da cama - mas sim dentro de nós mesmos.
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