O disclaimer no início já avisa: "A pixelização que você verá durante este filme é totalmente normal. Não é uma crítica sobre censura. Repetimos, não é uma crítica sobre censura". Assim como o "Ceci n'est pas une pipe", de Magritte, a representação diz mais do que aparenta (ou mesmo do que proclama não aparentar). Com cenas pixelizadas até para mostrar a barriga de uma atriz, o longa - à primeira vista, uma comédia romântica - faz uma crítica interessante ao regime político na Arábia Saudita.
Com uma nota relativamente baixa no IMDB (6,3), a obra não parece ter agradado aos sauditas, como é possível observar nos próprios comentários no site. E não é de se estranhar: se a narrativa peca em algum ponto, é justamente pela idealização do Ocidente.
A liberdade de expressão é defendida por um viés modalizado por certa exaltação do poder de consumo (leia-se poder estadunidense). Contudo, o discurso de resistência e de crítica à censura saudita é bem construído e não invalida a proposta do filme. Ademais, a história de amor (eixo principal de todo o enredo) é cativante.
Com uma nota relativamente baixa no IMDB (6,3), a obra não parece ter agradado aos sauditas, como é possível observar nos próprios comentários no site. E não é de se estranhar: se a narrativa peca em algum ponto, é justamente pela idealização do Ocidente.
A liberdade de expressão é defendida por um viés modalizado por certa exaltação do poder de consumo (leia-se poder estadunidense). Contudo, o discurso de resistência e de crítica à censura saudita é bem construído e não invalida a proposta do filme. Ademais, a história de amor (eixo principal de todo o enredo) é cativante.
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