Inspirado na obra homônima de Dostoiévski, o filme ambienta-se no século XX e permite-se o uso de licenças poéticas diversas, sem perder a aura atormentada tão característica do russo. Com atuações convincentes, o longa faz uma interessante releitura de uma das obras mais icônicas do autor.
Jesse Eisenberg consegue replicar o desconforto do protagonista dostoievskiano, ainda que não seja tão convincente ao interpretar o papel do duplo "moderninho". Para reforçar o aspecto mordaz da narrativa, a filmagem sombria e caricatural (como em "Amélie Poulain) contribui com força.
O interessante da produção é como consegue trazer o conteúdo para a forma; nos detalhes da filmagem e mesmo na ambígua possibilidade de interpretação (entre o humor e a tragédia), tudo na obra gira em torno no duplo - inclusive seu desfecho, com um fantástico final aberto.
Jesse Eisenberg consegue replicar o desconforto do protagonista dostoievskiano, ainda que não seja tão convincente ao interpretar o papel do duplo "moderninho". Para reforçar o aspecto mordaz da narrativa, a filmagem sombria e caricatural (como em "Amélie Poulain) contribui com força.
O interessante da produção é como consegue trazer o conteúdo para a forma; nos detalhes da filmagem e mesmo na ambígua possibilidade de interpretação (entre o humor e a tragédia), tudo na obra gira em torno no duplo - inclusive seu desfecho, com um fantástico final aberto.
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