O fato de ser um dos livros mais mal avaliados do clube da Tag Curadoria me fez iniciar a leitura de Angela Carter com receio. No entanto, se houvesse confiado mais em quem indicou a obra (a incrível Marina Colasanti), saberia desde o início ter em mãos algo maravilhoso - ainda que tão polêmico.
Carter faz, em 1979, o que se tornou chavão na nossa cultura atual: o reconto de histórias de encantamento. Para quem não admite releituras de clássicos, é natural que o livro cause choque - ainda que, convenhamos, as histórias originais sejam tão ou mais violentas que as fabulações propostas em "A câmara sangrenta".
No conjunto de contos, preferi os mais extensos. Quanto mais sucinta, mais alegórica é a escrita da autora, o que dificulta a compreensão ou o mero envolvimento com as narrativas. Além de instituir diferentes pontos de vista, narradores e brincar com diferentes estilos, Carter faz a questão de instituir personagens femininas fortes, que não se submetem a padrões impostos. São assim, versões muito mais próximas de nossa realidade, e que não deixam de encantar pela alta qualidade literária.
Carter faz, em 1979, o que se tornou chavão na nossa cultura atual: o reconto de histórias de encantamento. Para quem não admite releituras de clássicos, é natural que o livro cause choque - ainda que, convenhamos, as histórias originais sejam tão ou mais violentas que as fabulações propostas em "A câmara sangrenta".
No conjunto de contos, preferi os mais extensos. Quanto mais sucinta, mais alegórica é a escrita da autora, o que dificulta a compreensão ou o mero envolvimento com as narrativas. Além de instituir diferentes pontos de vista, narradores e brincar com diferentes estilos, Carter faz a questão de instituir personagens femininas fortes, que não se submetem a padrões impostos. São assim, versões muito mais próximas de nossa realidade, e que não deixam de encantar pela alta qualidade literária.
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