Friedrich Dürrenmatt é um autor suíço, ou seja, de um país literariamente híbrido, com 4 idiomas oficiais (francês, italiano, alemão e romanche). Um dos expoentes da literatura contemporânea na dita nação das neutralidades, o escritor usa o desenvolvimento e a estabilidade de sua terra natal como motivo de crítica e escárnio -- um panorama bastante diverso do que encontramos na literatura que nos é mais próxima.
Ao ir na contracorrente do que poderíamos esperar enquanto leitores, Dürrenmatt cria uma prosa marcante, que questiona padrões já cristalizados no gênero. Sua novela "A promessa", como exemplo, é uma instigante narrativa policial, absolutamente envolvente, e que termina com um anticlímax. É duvidando da potencialidade do romance de mistério que o suíço consegue criar um plágio sarcástico muito mais interessante do que boa parte da produção que se detém nos esquemas consagrados.
Já em "A pane", o mistério crescente finalizado com anticlímax se mantém, mas agora com a ambientação de um decrépito interrogatório de tribunal. Ao colocar idosos em um casarão mal-conservado brincando de validar ou não argumentos de acusação e defesa, mais uma vez o autor escancara a caduquice do gênero que, magistralmente, recria pela via da paródia.
Ao ir na contracorrente do que poderíamos esperar enquanto leitores, Dürrenmatt cria uma prosa marcante, que questiona padrões já cristalizados no gênero. Sua novela "A promessa", como exemplo, é uma instigante narrativa policial, absolutamente envolvente, e que termina com um anticlímax. É duvidando da potencialidade do romance de mistério que o suíço consegue criar um plágio sarcástico muito mais interessante do que boa parte da produção que se detém nos esquemas consagrados.
Já em "A pane", o mistério crescente finalizado com anticlímax se mantém, mas agora com a ambientação de um decrépito interrogatório de tribunal. Ao colocar idosos em um casarão mal-conservado brincando de validar ou não argumentos de acusação e defesa, mais uma vez o autor escancara a caduquice do gênero que, magistralmente, recria pela via da paródia.
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