Lançado quatro anos após o último filme da saga Harry Potter, é difícil não ver em "Amor e revolução" uma tentativa de Emma Watson de se firmar no papel de uma protagonista adulta - que trabalha, faz sexo, participa da revolução. Ainda que goste muito da personalidade, não consigo me envolver o suficiente com a interpretação da atriz (mesmo que os papéis que escolha sejam sempre tão carregados de potencialidades).
"Amor e revolução", péssima tradução para o título original ("Colonia"), traz à tona a história de uma aeromoça que, buscando encontrar seu companheiro durante a ditadura chilena, resolve infiltrar-se em um culto religioso bastante questionável.
Para quem está imerso no contexto das ditaduras latinas (e a quem o filme mais poderia interessar, portanto), é frustrante acompanhar todo o desenrolar da narrativa em inglês, com um ou dois "¡Viva Chile!". Além disso, as reviravoltas da trama são bastante inverossímeis e pouco convencem. Se não deixa de ter um fundo histórico instigante, nem por isso é um filme que sabe aproveitar bem os temas que trabalha.
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