Primeira escritora negra a receber um Nobel de literatura, Toni Morrison tem um lugar de fala bastante definido dentro dos círculos literários. Sua potente voz denuncia não só o preconceito racial mais explícito, mas também as práticas centenares e mais sutis de exclusão.
Seu primeiro romance, "O olho mais azul", trabalha um aspecto aparentemente menos dolorido da opressão: os padrões de beleza. No entanto, é a partir das minúcias, dos detalhes relegados como pautas menos importantes na discussão sobre o racismo, que Toni Morrison constrói a força de seu discurso.
Ao eleger meninas negras para a maioria de suas protagonistas na obra, a autora contrapõe uma outra possibilidade ao romance de formação: não mais a história de homens brancos no século XIX, mas a de garotas permanentemente excluídas da mesma sociedade que escravizou seus antepassados. Toni Morrison é uma voz de levante, sem deixar de ser poética e nem de imerecer os prêmios que lhe são de direito.
Seu primeiro romance, "O olho mais azul", trabalha um aspecto aparentemente menos dolorido da opressão: os padrões de beleza. No entanto, é a partir das minúcias, dos detalhes relegados como pautas menos importantes na discussão sobre o racismo, que Toni Morrison constrói a força de seu discurso.
Ao eleger meninas negras para a maioria de suas protagonistas na obra, a autora contrapõe uma outra possibilidade ao romance de formação: não mais a história de homens brancos no século XIX, mas a de garotas permanentemente excluídas da mesma sociedade que escravizou seus antepassados. Toni Morrison é uma voz de levante, sem deixar de ser poética e nem de imerecer os prêmios que lhe são de direito.
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