Os poemas de Paulo Scott não me conquistaram de imediato; apesar de curto, "Garopaba monstro tubarão" foi, para mim, um livro de leitura pausada. Ainda que o gênero exija o olhar mais atento, aqui tratou-se de uma experiência diferente: mesmo brecando o ritmo de leitura, o sentimento de incompreensão de alguns poemas continuou a me perturbar.
Dividido em quatro partes - "Livro do outro", "Redemoinho", "Livro do mundo" e "Flutuação", o livro dá voz poética a temas diversos. Ainda que a abordagem política seja forte, alguns poemas mais líricos e sentimentais aparecem no conjunto.
Do todo, os poemas caracterizados por uma militância mais marcada foram os que mais me cativaram. Questionamentos sobre o momento político atual são feitos de forma bastante coerente e dolorosa, propondo um diálogo profundo com o leitor.
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