Conheço pouco da estética surrealista, que costuma me deixar mais abismada do que despertar algum viés crítico embasado de análise. No campo do cinema, minha experiência mais marcante até então havia sido por meio da obra do chileno Jodorowsky, que trabalha temas muito distintos desta produção francesa. Assim, com escassos saberes acerca da escola artística e sem bagagem cultural para comparação, minha experiência com a "A espuma dos dias" foi de desvendamento e ineditismo.
Por mais que o filme cause estranhamento e brinque com a inverossimilhança, não deixa de ser uma produção fofa. Ao mesmo tempo que inova na linguagem cinematográfica, investe em um assunto que nos é caro - a história de um grande amor.
A ambientação solar da metade inicial opõe-se radicalmente à do final, na qual um dos protagonistas descobre ter uma grave doença pulmonar. Talvez uma má indicação para tempos de coronavírus, o longa nos faz recordar o quanto a vida é frágil e deve ser comemorada em seus breves momentos de leveza.
Por mais que o filme cause estranhamento e brinque com a inverossimilhança, não deixa de ser uma produção fofa. Ao mesmo tempo que inova na linguagem cinematográfica, investe em um assunto que nos é caro - a história de um grande amor.
A ambientação solar da metade inicial opõe-se radicalmente à do final, na qual um dos protagonistas descobre ter uma grave doença pulmonar. Talvez uma má indicação para tempos de coronavírus, o longa nos faz recordar o quanto a vida é frágil e deve ser comemorada em seus breves momentos de leveza.
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