Primeiro romance de Alice Cooper, "A terceira vida de Grande Copeland" não é um livro sem falhas estruturais ou narrativas. Relativamente longo, me cativou mais da metade para o fim, quando os protagonistas são realmente delineados. A primeira parte da obra conta com uma quantidade grande de personagens, que por vezes são eliminados da trama posterior sem maiores explicações.
Escrito nos anos 1960, um dos pontos de destaque do livro é abordar diversas visões de mundo sobre o racismo, sem ser excessivamente superficial ou panfletário. Os discursos possíveis sobre o movimento negro – seja do ódio contra qualquer branco, seja a favor de lutas conjuntas entre as etnias – perpassam a obra, sem chegar-se a uma voz conclusiva sobre o tema.
Os personagens que movem o enredo são bastante falhos. Grange Copeland, que empresta seu nome ao título, é um dos fortes exemplos nesse ponto: apresenta três vivências diferentes, e as três são permeadas de erros. Com um final interessante, que aposta nas próximas gerações, não deixa de ser uma obra interessante.
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