O filme dá conta de um recorte bastante específico da história de Gauguin, mas talvez um dos mais famosos. Ainda que haja vários episódios dignos de menção na vida do pintor (como a famosa briga com Van Gogh, que culminou com a orelha decepada), é na viagem ao Taiti que se concentra o elemento definidor de boa parte de sua produção mais conhecida.
Não há grandes diálogos ou cenas de muita ação durante o enredo, pelo contrário: na soma das desgraças que se abateram sobre Gauguin durante sua viagem, parece que pouco sobra para ser dito. Dessa forma, é uma obra com mais silêncios do que falas, mais subentendidos do que fatos.
Apesar de uma nota fraca no Imdb (5,9), alguns aspectos do filme me pareceram muito bons: além da atuação ótima de Vicent Cassel, o fato de os diálogos se darem em taitiano é bastante louvável. Além disso, a figura do artista não é romantizada, tampouco demonizada: é um retrato exótico, mas com elementos dignos de apreciação.
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