O mote de um escritor com bloqueio criativo sempre me interessa. Ao contrário de outro filme sobre o tema que vi recentemente (o melancólico e pessimista Kennedy e eu), aqui a ideia é fazer graça em torno do autor diante da página em branco.
Talvez o que salve o humor do filme seja a bizarrice: boa parte das piadas giram ao redor de um amigo imaginário com cuequinha por cima da calça e capa esvoaçante (o figurino registrado de todo super-herói).
No entanto, o cômico da obra é bem menor do que o incômodo. E nem falo de tiradas que causam constrangimento (nesse ponto, até que as falas passam pelo nosso filtro). O problema é a relação esquisita de confiança entre uma adolescente e um cara bem mais velho — e casado. Ainda que o direcionamento da trama não culmine em uma comédia romântica, não é o suficiente para aliviar o espectador do interesse subentendido.
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