Publicado em 1996, Os monólogos da vagina é extremamente atual. Não há discrepâncias aparentes entre o que era reivindicado então e as pautas feministas mais contemporâneas. Além disso, na edição comemorativa, temos acesso a textos extras escritos posteriormente, e que lidam com temas ainda mais pungentes em nossa época.
O miolo em si, a parte que corresponde a seu lançamento original, foi a que mais me surpreendeu. A vontade que dá é de ler a peça em voz alta, proclamar suas falas para quem ainda se recusa a ouvir.
Contudo, a sequência de textos da edição comemorativa cansa um pouco. Imagino que se trate de uma coletânea de várias intervenções feitas posteriormente, mas que não são encenadas em uma mesma noite na apresentação teatral. Por terem um estilo bastante parecido, criam a impressão de um poema demasiadamente longo quando lidas de forma encavalada.
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