A princípio, o filme dá a entender que tratará de várias discussões típicas de nossa época (falta de tempo para os filhos, trabalho por prazer e por obrigação etc.) usando a comida como pretexto. Contudo, conforme o desenrolar da obra, é a história dos personagens que parece servir de pretexto para muitos ASMRs de fritura e pão na chapa. E, uma vez que a trama dos protagonistas perde o propósito, entram soluções inverossímeis temperadas com piadas de mau gosto como finalização.
O personagem de cabelo azul já ganhou apelidos que o aproximam dos famosos Calvin e Mafalda. No entanto, o toque brasileiro é que faz a diferença e aproxima Armandinho de seus leitores. O garotinho, que não gosta muito da escola, mostra que a sabedoria vai muito além dos bancos da sala de aula. Desde questões políticas específicas - do Brasil ou de Santa Catarina - até piadas simples sobre assuntos cotidianos, a força das suas tirinhas reside também na versatilidade. O ponto de vista infantil nos serve de guia nesses quadrinhos, nos quais os adultos aparecem sempre retratados sob o viés da criança. Para comprovar esse fato, basta observar o traço: assim como na clássica animação dos Muppets, apenas as pernas dos personagens mais velhos são desenhadas. Se a semelhança com Mafalda está no aspecto irreverente (e nos cabelos que são marca registrada), com Calvin o parentesco vai além: em muitas das tirinhas, Armandinho aparece com seu bicho de estimação (um sapo que, inclusi...

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