Gostei de tantas coisas neste filme: idas e vindas no tempo, fluxo narrativo esquisito (mas não hermético), fotografia quase surrealista, frases certeiras em diálogos, um enredo todo muito bem amarrado (ainda que nem tudo se explique).
Por meio da história de uma sinfonia, vários temas relacionados à arte vêm à tona: autoria e plágio, inspiração e prática, pesquisa e apropriação, a violência intrínseca ao trabalho do artista. Além disso, a opressão e a barbárie manicomial também são pautas importantes aqui.
Algumas cenas me lembraram um pouco da ideia de "O cisne negro", já que também há um clima soturno e uma espécie de maldição ligada à apresentação da sinfonia. É a arte como perdição e como única fuga possível.
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