Eu ainda me lembrava deste filme, especialmente do final. Mas não teve jeito: mal acabou, já fui procurar (de novo) mais informações para tentar dar um sentido ao quebra-cabeça maravilhoso que esta pbra apresenta.
Sei que agora achei tudo ainda mais incômodo. O início tem algo da primeira versão de "Tropa de elite", com a violência policial direcionada aos mais impotentes. Além disso, ver um corpo após o outro de mulher violentada despencar na mesa de autópsia é brutal. Mais do que um incômodo, portanto: o que se apresenta nas telas é crueldade.
E a guerra e a ditadura também são cruéis, os coreanos bem o sabem. O estupro e casos de crimes reais não resolvidos, idem. Por trás do verniz de uma polícia violenta e incompetente, há a alegoria do regime político e a história do homem bom naturalmente corrompido pela sociedade. Vale a pena controlar a repulsa e atravessar o enredo - até chegar até um dos melhores finais do cinema.
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