O final da vida de Joan Didion não foi fácil. Após perder o companheiro de 40 anos (luto narrado em "O ano do pensamento mágico"), a escritora teve de assistir à morte da filha, uma jovem saudável e vítima de descaso médico.
Ao contrário da obra anterior, narrada um ano após a perda, aqui são cinco anos de distância entre a escrita e o enterro da única filha. Nesse período, a velhice chega com tudo: de certa maneira, é até um livro repetitivo, em que muitas situações são retomadas mais de uma vez - talvez espelhos de uma memória falha, talvez tentativas de fazer perdurar o passado. Tal como anuncia seu título, apresenta a tristeza de uma vida que se encerra, com sua solidão inescapável.
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