Ainda que fosse só pela experiência estética, "O menino e o mundo" já seria um bom filme. A linguagem da animação usa aquarelas, recortes, colagens, efeitos que lembram quadros, videogames, clipes musicais, caleidoscópios... É uma imersão em diversas possibilidades artísticas, todas construídas com extremo bom gosto e muito bem contextualizadas em relação a cada momento da trama.
Se, em um primeiro momento, os riquíssimos efeitos visuais nos capturam, em um segundo momento já são nossos ouvidos que são conquistados com a espetacular trilha sonora - de Barbatuques a Emicida, ela é eclética e rica.
Mas, como não bastam efeitos visuais e sonoros, um filme precisa também de uma boa história. E é neste ponto que "O menino e o mundo" se supera. Inicialmente contada com uma linguagem bastante infantil, aos poucos a narrativa mostra todo o seu potencial. As críticas ao nosso modo de vida, à destruição do planeta em nome do dinheiro, à falsa democracia, à utópica igualdade... todas são realizadas de um modo tal que conseguem ser entendidas por crianças (o provável público-alvo) e adultos.
O final é um dos mais surpreendentes e intensos que já vi. Nada melhor que fechar com chave de ouro uma produção tão preciosa, joia rara neste mundo de desenhos enlatados.
Mas, como não bastam efeitos visuais e sonoros, um filme precisa também de uma boa história. E é neste ponto que "O menino e o mundo" se supera. Inicialmente contada com uma linguagem bastante infantil, aos poucos a narrativa mostra todo o seu potencial. As críticas ao nosso modo de vida, à destruição do planeta em nome do dinheiro, à falsa democracia, à utópica igualdade... todas são realizadas de um modo tal que conseguem ser entendidas por crianças (o provável público-alvo) e adultos.
O final é um dos mais surpreendentes e intensos que já vi. Nada melhor que fechar com chave de ouro uma produção tão preciosa, joia rara neste mundo de desenhos enlatados.
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