O novo filme de Christopher Nolan usa o mesmo trunfo de "A origem": ao trabalhar com universos tão pouco conhecidos (o onírico em um; especulações da astronomia em outro), impossibilita a crítica em relação à sua verossimilhança. Por mais que seja um enredo embaralhado, no qual é difícil se crer, também não há como julgá-lo: afinal, há mais coisas entre a Terra e o céu do que sonha a nossa vã filosofia.
Com duração de quase 3 horas, a trama se passa em um futuro não tão longínquo, em que a sobrevivência da humanidade é posta à prova. No entanto, ao contrário de sucessos hollywoodianos com a mesma temática, as histórias pessoais dos personagens são mais priorizadas do que a sua vontade de salvar a humanidade. Além disso, por mais que os efeitos especiais sejam fenomenais, são os diálogos sobre os mistérios da física o grande ponto de interesse do filme (ainda que uma ou outra fala declarando que o amor é a solução de todos os mistérios seja um tanto clichê).
O mesmo efeito de "The Inception" também é usado aqui: essa é uma história que precisa ser assistida novamente para que se tente compreender seu real significado. Por mais que essa estratégia seja usada de modo mais simples que na obra anterior, também rende bons resultados neste enredo.
Um filme de ação e filosofia sobre o tempo e as estrelas.
Trechos:
Nós costumávamos olhar para o céu e procurar nosso lugar entre as estrelas; agora nós só olhamos para baixo e nos preocupamos com o nosso lugar na Terra.
***
Não vás tão gentilmente nessa boa noite escura,
Os velhos deveriam arder e bradar ao fim do dia;
Raiva, raiva contra a morte da luz que fulgura.
Os homens sábios, em seu fim, sabem com brandura,
O porquê a fala de suas palavras estava vazia,
Nãoo vão tão gentilmente nessa boa noite escura.
Os homens bons, ao adeus, gritando como a alvura
De seus feitos frágeis poderia ter dançado em uma verde baía,
Raiva, raiva contra a morte da luz que fulgura.
Os homens selvagens que roubaram e cantaram o sol na altura,
E aprenderam, tarde demais, que o lamento toma sua via,
Não vão tão gentilmente nessa boa noite escura.
Os homens graves, perto da morte, enxergam com olhar que perfura,
O olho quase cego a brilhar como meteoro, então, cintilaria,
Raiva, raiva contra a morte da luz que fulgura.
E você, meu pai, do alto e acima de tudo que perdura,
Maldiga, abençoe, com sua lágrima triste, eu pediria:
Não vá tão gentilmente nessa boa noite escura,
Raiva, raiva contra a morte da luz que fulgura
Do not go gentle into that good night – Dylan Thomas
***
A humanidade nasceu na Terra, mas nunca esteve destinada a morrer nela.
***
Nós mesmos nos definimos sempre pela capacidade de superar o impossível. E contamos com esses momentos. Esses momentos em que nos atrevemos a tentar voos mais altos , para quebrar barreiras, para alcançar as estrelas, para fazer o desconhecido conhecido . Contamos com esses momentos como nossas realizações mais importantes . Mas perdemos tudo isso. Ou talvez nós apenas esquecemos que ainda somos pioneiros. E nós mal começamos. E as nossas maiores conquistas não podem estar por trás de nós, porque o nosso destino está acima de nós.
***
Com duração de quase 3 horas, a trama se passa em um futuro não tão longínquo, em que a sobrevivência da humanidade é posta à prova. No entanto, ao contrário de sucessos hollywoodianos com a mesma temática, as histórias pessoais dos personagens são mais priorizadas do que a sua vontade de salvar a humanidade. Além disso, por mais que os efeitos especiais sejam fenomenais, são os diálogos sobre os mistérios da física o grande ponto de interesse do filme (ainda que uma ou outra fala declarando que o amor é a solução de todos os mistérios seja um tanto clichê).
O mesmo efeito de "The Inception" também é usado aqui: essa é uma história que precisa ser assistida novamente para que se tente compreender seu real significado. Por mais que essa estratégia seja usada de modo mais simples que na obra anterior, também rende bons resultados neste enredo.
Um filme de ação e filosofia sobre o tempo e as estrelas.
Trechos:
Nós costumávamos olhar para o céu e procurar nosso lugar entre as estrelas; agora nós só olhamos para baixo e nos preocupamos com o nosso lugar na Terra.
***
Não vás tão gentilmente nessa boa noite escura,
Os velhos deveriam arder e bradar ao fim do dia;
Raiva, raiva contra a morte da luz que fulgura.
Os homens sábios, em seu fim, sabem com brandura,
O porquê a fala de suas palavras estava vazia,
Nãoo vão tão gentilmente nessa boa noite escura.
Os homens bons, ao adeus, gritando como a alvura
De seus feitos frágeis poderia ter dançado em uma verde baía,
Raiva, raiva contra a morte da luz que fulgura.
Os homens selvagens que roubaram e cantaram o sol na altura,
E aprenderam, tarde demais, que o lamento toma sua via,
Não vão tão gentilmente nessa boa noite escura.
Os homens graves, perto da morte, enxergam com olhar que perfura,
O olho quase cego a brilhar como meteoro, então, cintilaria,
Raiva, raiva contra a morte da luz que fulgura.
E você, meu pai, do alto e acima de tudo que perdura,
Maldiga, abençoe, com sua lágrima triste, eu pediria:
Não vá tão gentilmente nessa boa noite escura,
Raiva, raiva contra a morte da luz que fulgura
Do not go gentle into that good night – Dylan Thomas
***
A humanidade nasceu na Terra, mas nunca esteve destinada a morrer nela.
***
Nós mesmos nos definimos sempre pela capacidade de superar o impossível. E contamos com esses momentos. Esses momentos em que nos atrevemos a tentar voos mais altos , para quebrar barreiras, para alcançar as estrelas, para fazer o desconhecido conhecido . Contamos com esses momentos como nossas realizações mais importantes . Mas perdemos tudo isso. Ou talvez nós apenas esquecemos que ainda somos pioneiros. E nós mal começamos. E as nossas maiores conquistas não podem estar por trás de nós, porque o nosso destino está acima de nós.
***

Comentários
Postar um comentário