Sempre desconfio dos filmes de Hollywood que retratam, de alguma forma, algum dos países do continente africano ou a relação racial de preconceito e discriminação contra os negros. Este longa não parece prometer muito, a julgar pelo trailer e cartazes de divulgação, em que uma atriz branca ocupa o papel de destaque. Histórias em que um branco bonzinho salva os negros passivos são comuns no nosso panorama cinematográfico, apesar de serem tão discriminadoras quanto a realidade que denunciam.
"A boa mentira" salva-se neste cenário desolador, pois mostra o choque cultural de refugiados do Sudão do Sul de uma forma interessante. O foco do filme, quase o tempo todo, é a história do grupo de irmãos que precisa se adaptar à realidade estadunidense, aprendendo a lidar com desafios quase tão terríveis quanto a fome.
A parte inicial é a que mais me chamou a atenção, ao mostrar que, apesar da seca, da falta de alimentos, da pobreza, o que realmente inviabiliza o desenvolvimento de alguns países da África são as guerras, muitas vezes motivadas por interesses dos países ricos.
Uma cultura diferente retratada de modo poético: é disso do que este filme trata. E ao exibir a realidade do outro como diversa (mas não como inferior) se torna uma obra que vale a pena.
"A boa mentira" salva-se neste cenário desolador, pois mostra o choque cultural de refugiados do Sudão do Sul de uma forma interessante. O foco do filme, quase o tempo todo, é a história do grupo de irmãos que precisa se adaptar à realidade estadunidense, aprendendo a lidar com desafios quase tão terríveis quanto a fome.
A parte inicial é a que mais me chamou a atenção, ao mostrar que, apesar da seca, da falta de alimentos, da pobreza, o que realmente inviabiliza o desenvolvimento de alguns países da África são as guerras, muitas vezes motivadas por interesses dos países ricos.
Uma cultura diferente retratada de modo poético: é disso do que este filme trata. E ao exibir a realidade do outro como diversa (mas não como inferior) se torna uma obra que vale a pena.
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