Crianças enterradas vivas. O pai que obriga a própria filha a casar-se com ele. Pessoas colocadas em barris lotados de cobras ou despedaçadas das piores maneiras possíveis. Sinopse de uma coletânea de contos de terror? Não - apenas relances de algumas das clássicas narrativas de contos de fadas dos Irmãos Grimm.
A edição, muito cuidadosa e excepcionalmente bonita, da Cosac&Naify, aumenta ainda mais o prazer pela leitura, e fornece algum contexto básico para que entendamos o grande contraste entre os contos maravilhosos atuais e os que os originaram. As xilogravuras de J. Borges trazem um toque de brasilidade, aproximando as tramas europeias de nossa realidade tropical.
Apesar de, em princípio, tratar-se de uma coletânea de textos do mesmo gênero (contos maravilhosos), é interessante notar que nem sempre a estrutura narrativa segue o esquema de era uma vez/conflito/clímax/e quem gostar que conte outra. Há muitas narrativas no estilo de adivinhas, ou baseadas na repetição ad infinitum (como na música da Dona Aranha). Muitos textos, inclusive, passam a ideia de não terem nem pé nem cabeça - foram escritos apenas pelo prazer de brincar com as palavras, suas sonoridades e estruturas sintáticas.
A narrativa da Bela e da Fera, minha preferida quando criança, é também uma das mais simpáticas da coleção, intitulada "O jardim de inverno e de verão". Já para quem se encantava com a Branca de Neve, talvez não seja tão agradável descobrir que, na história original, ela sofreu constantes tentativas de assassinato aos 7 anos pela própria mãe...
Para quem gosta de conhecer a origem das histórias e não tem medo de estragar as ilusões de infância, a leitura é indicada (e, apesar de serem 2 volumes, as histórias fluem com bastante rapidez).
A edição, muito cuidadosa e excepcionalmente bonita, da Cosac&Naify, aumenta ainda mais o prazer pela leitura, e fornece algum contexto básico para que entendamos o grande contraste entre os contos maravilhosos atuais e os que os originaram. As xilogravuras de J. Borges trazem um toque de brasilidade, aproximando as tramas europeias de nossa realidade tropical.
Apesar de, em princípio, tratar-se de uma coletânea de textos do mesmo gênero (contos maravilhosos), é interessante notar que nem sempre a estrutura narrativa segue o esquema de era uma vez/conflito/clímax/e quem gostar que conte outra. Há muitas narrativas no estilo de adivinhas, ou baseadas na repetição ad infinitum (como na música da Dona Aranha). Muitos textos, inclusive, passam a ideia de não terem nem pé nem cabeça - foram escritos apenas pelo prazer de brincar com as palavras, suas sonoridades e estruturas sintáticas.
A narrativa da Bela e da Fera, minha preferida quando criança, é também uma das mais simpáticas da coleção, intitulada "O jardim de inverno e de verão". Já para quem se encantava com a Branca de Neve, talvez não seja tão agradável descobrir que, na história original, ela sofreu constantes tentativas de assassinato aos 7 anos pela própria mãe...
Para quem gosta de conhecer a origem das histórias e não tem medo de estragar as ilusões de infância, a leitura é indicada (e, apesar de serem 2 volumes, as histórias fluem com bastante rapidez).
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