Guazzelli, apesar de ser um dos ilustradores mais cotados para fazer releituras dos clássicos em quadrinhos, não é um dos meus artistas preferidos nessa área. Ainda que tenha boas ideias, seus desenhos muitas vezes passam a sensação de ficarem mal acabados, como se tivessem sido feito às pressas (pensando no mercado de vestibulandos desesperados em busca da compreensão rápida dos livros).
Vidas Secas, contudo, é uma das obras em que o ilustrador mais encontrou recursos gráficos interessantes. O sol (um círculo vermelho) em destaque na capa é desenhado com a mesma simbologia da gota de sangue avinda da morte de Baleia.
Outro recurso bem-empregado foi desenhar os meninos sem nome do romance de Graciliano sem rostos definidos, como se fossem rascunhos de vidas.
Não é um livro ruim, mas o título de graphic novel ao invés de história em quadrinhos pressupõe um trabalho mais acurado, delicado, que valha o preço exorbitante que é cobrado por esse gênero textual nas livrarias.
Vidas Secas, contudo, é uma das obras em que o ilustrador mais encontrou recursos gráficos interessantes. O sol (um círculo vermelho) em destaque na capa é desenhado com a mesma simbologia da gota de sangue avinda da morte de Baleia.
Outro recurso bem-empregado foi desenhar os meninos sem nome do romance de Graciliano sem rostos definidos, como se fossem rascunhos de vidas.
Não é um livro ruim, mas o título de graphic novel ao invés de história em quadrinhos pressupõe um trabalho mais acurado, delicado, que valha o preço exorbitante que é cobrado por esse gênero textual nas livrarias.
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