Este é um livro excelente sobre viagens, e conta com vários elementos que conduzem à sua beleza. O primeiro deles é o cenário incrível escolhido: com já 50 anos, contando apenas com a bicicleta e poucos equipamentos, o autor faz um roteiro pouco usual pela Patagônia, desbravando lugares pouco acessíveis e grandiosos.
Principalmente o começo da obra, em que é narrado todo o planejamento da viagem, é tocante (até mais que o percurso em si, o que prova que uma viagem começa da decisão de fazer algo diferente). O autor lista, entre os motivos que lhe levaram a passar 6 meses longe de casa, a crise em que entrou após a morte da mãe e o choque de perceber o quando a vida passa rápido (tema também explorado no filme/livro "Livre", de Cheryl Strayed).
As reflexões traçadas no pré-viagem vão desde a fugacidade do tempo até a nossa existência calcada no consumo (seja de bens, seja de ideais). Em seu trajeto, o autor pratica um sério exercício de desapego, restabelecendo o contato com a natureza e com as suas verdades interiores.
O exercício de conhecimento dos limites do corpo, a expansão de conceitos culturais, a identificação de outras verdades históricas sobre a região e, acima de tudo, a quebra de paradigmas fazem desta uma obra um misto de diário de viagens e livro de filosofia. Vale a aventura.
Principalmente o começo da obra, em que é narrado todo o planejamento da viagem, é tocante (até mais que o percurso em si, o que prova que uma viagem começa da decisão de fazer algo diferente). O autor lista, entre os motivos que lhe levaram a passar 6 meses longe de casa, a crise em que entrou após a morte da mãe e o choque de perceber o quando a vida passa rápido (tema também explorado no filme/livro "Livre", de Cheryl Strayed).
As reflexões traçadas no pré-viagem vão desde a fugacidade do tempo até a nossa existência calcada no consumo (seja de bens, seja de ideais). Em seu trajeto, o autor pratica um sério exercício de desapego, restabelecendo o contato com a natureza e com as suas verdades interiores.
Ao lado de pegada de puma. |
O exercício de conhecimento dos limites do corpo, a expansão de conceitos culturais, a identificação de outras verdades históricas sobre a região e, acima de tudo, a quebra de paradigmas fazem desta uma obra um misto de diário de viagens e livro de filosofia. Vale a aventura.
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