Apesar de já saber, antes da leitura, que se tratava de um livro sobre o cativeiro de uma jornalista canadense na Somália, não fazia ideia de que iria encontrar, na obra, um relato de viagem tão fascinante. Amanda Lindhout, nos primeiros capítulos, traça uma breve autobiografia, procurando entender (ao mesmo tempo que justifica para o leitor) de onde veio a sua vontade de conhecer o mundo. A autora volta à infância, cheia de traumas, para buscar as origens do seu escapismo: primeiro nas páginas da National Geographic e, após os primeiros empregos, em passagens de avião para destinos exóticos e surpreendentes. Sem ter feito nenhuma faculdade até então, a canadense transformou seu conhecimento de mundo em trampolim para uma iniciante carreira na fotografia e no jornalismo. No entanto, por ser rechaçada nas panelinhas dos jornalistas sérios e diplomados, decide desbravar um território ao qual ninguém vai e do qual poucas notícias chegam: a Somália. Ao longo do seu traum...