"O regresso" é um filme guiado pelo senso estético do começo ao fim: os trabalhos de fotografia, atuação, trilha sonora são realizados para criar cenas pautadas pela beleza, pela poesia da imagem. Até nos momentos em que predomina a crueldade humana e rolam litros de sangue há muita beleza plástica no registro da miséria e da morte.
O desejo de fazer uma obra notória por sua estética (ou seja, por sua forma) desvia a atenção do espectador do conteúdo. E como os protagonistas retratados são homens frios, sanguinários, ou pertencentes a uma cultura da qual pouco entendemos (no caso dos indígenas), é difícil criar laços afetivos com os personagens. Assistimos ao desenrolar de sua história sem nos comovermos com ela.
Apesar da beleza inegável do filme, algumas cenas são trabalhadas de forma repetitiva, como os vários takes dos homens diminutos sob árvores enormes e longilíneas (metáfora da nossa pequenez na natureza). No entanto, diante de uma fotografia absurda e de uma atuação exemplar de Di Caprio, o filme pouco perde na parte técnica, que é o seu maior mérito.
O desejo de fazer uma obra notória por sua estética (ou seja, por sua forma) desvia a atenção do espectador do conteúdo. E como os protagonistas retratados são homens frios, sanguinários, ou pertencentes a uma cultura da qual pouco entendemos (no caso dos indígenas), é difícil criar laços afetivos com os personagens. Assistimos ao desenrolar de sua história sem nos comovermos com ela.
Apesar da beleza inegável do filme, algumas cenas são trabalhadas de forma repetitiva, como os vários takes dos homens diminutos sob árvores enormes e longilíneas (metáfora da nossa pequenez na natureza). No entanto, diante de uma fotografia absurda e de uma atuação exemplar de Di Caprio, o filme pouco perde na parte técnica, que é o seu maior mérito.
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