Contar a quase epopeia proposta por Victor Hugo em seu romance "Os miseráveis" exige um tempo de produção mais flexível, como o de uma série, para dar uma atenção maior às muitas tramas e reviravoltas criadas pelo autor francês. E, ainda assim, com 4 episódios de mais de 1 hora, a obra audiovisual deixa escapar muitos detalhes da criação original (ou reformula-os para conseguir amarrar a história).
De maneira geral, a série é muito mais fidedigna ao romance do que os diversos filmes feitos em torno ao mesmo mote (por ter mais tempo para desenvolver os diversos aspectos do enredo). Ver os personagens falando francês é quase um alívio de verossimilhança; além disso, os cenários, efeitos especiais, trilha sonora são muito bem realizados. Sobre as atuações, merecem destaque a da atriz responsável pelo papel de Cosette adulta (que, mesmo com certa frivolidade inerente ao papel, consegue encantar o espectador) e do avô de Marius, apesar de sua breve participação na trama.
As grandes apostas da série são nas atuações dos renomados Gerard Depardieu, como Jean Valjean, e John Malkovitch, como Javert. No entanto, nenhum dos dois convence nos papéis que lhes foram designados. Depardieu não tem o porte físico atlético de um Valjean, e sua interpretação nas cenas em que precisa demonstrar força chega a ser quase cômica. Por outro lado, Malkovitch opta por interpretar um personagem frio e calculista, deixando passar o fato de que, sob a aparência indiferente, Javert é um obsessivo.
Outro aspecto um tanto questionável são as insinuações de um desejo quase incestuoso de Jean Valjean por Cosette que, na obra de Victor Hugo, é apagado pela figura de um Valjean assexuado. No entanto, com a desculpa de ser uma versão e não uma transposição fiel do romance, a série é bem resolvida e uma produção bastante interessante.
De maneira geral, a série é muito mais fidedigna ao romance do que os diversos filmes feitos em torno ao mesmo mote (por ter mais tempo para desenvolver os diversos aspectos do enredo). Ver os personagens falando francês é quase um alívio de verossimilhança; além disso, os cenários, efeitos especiais, trilha sonora são muito bem realizados. Sobre as atuações, merecem destaque a da atriz responsável pelo papel de Cosette adulta (que, mesmo com certa frivolidade inerente ao papel, consegue encantar o espectador) e do avô de Marius, apesar de sua breve participação na trama.
As grandes apostas da série são nas atuações dos renomados Gerard Depardieu, como Jean Valjean, e John Malkovitch, como Javert. No entanto, nenhum dos dois convence nos papéis que lhes foram designados. Depardieu não tem o porte físico atlético de um Valjean, e sua interpretação nas cenas em que precisa demonstrar força chega a ser quase cômica. Por outro lado, Malkovitch opta por interpretar um personagem frio e calculista, deixando passar o fato de que, sob a aparência indiferente, Javert é um obsessivo.
Outro aspecto um tanto questionável são as insinuações de um desejo quase incestuoso de Jean Valjean por Cosette que, na obra de Victor Hugo, é apagado pela figura de um Valjean assexuado. No entanto, com a desculpa de ser uma versão e não uma transposição fiel do romance, a série é bem resolvida e uma produção bastante interessante.
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