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Ele está de volta (filme de 2015)

Imagine que Hitler reaparecesse em 2014 - é com essa premissa que trabalha este filme alemão polêmico, engraçado e doloroso. 

A polêmica vem do fato de a película misturar ficção e realidade; boa parte da obra é construída com entrevistas reais, mostrando reações de pessoas comuns ao retorno do Führer. Gente que tem família, que defende os direitos animais, que se preocupa com o futuro do mundo... e que não se mostra de todo avessa ao retorno do nazismo. Os entrevistados realmente acreditam em suas verdades racistas, e defendem abertamente que o país se feche aos imigrantes, muçulmanos, negros...

Apesar do tom mórbido das entrevistas, não deixa de ser uma comédia muito inteligente. Se vamos sentir o coração apertar com tanto preconceito real, também vamos nos divertir com a ridicularização de Hitler e da sociedade que o deseja de volta.

Principalmente ao final, a obra mostra o tom mais ácido de sua crítica, com um discurso final de Hitler que é muito aplicável aos tempos que vivemos: ele não é um monstro que surgiu do nada. Ele é alguém que representa o pior que há em cada ser humano que votou nele e o apoiou incondicionalmente durante o nazismo - e esse mal não desapareceu.



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