Como diz Inês Pedrosa na contracapa, o título deste livro é agreste - talvez pouco convidativo a princípio, mas que deixa margem para um mistério a ser descoberto. De onde vem a poesia que ressoa em nós após a leitura do nome da obra de Lídia Jorge, escritora praticamente desconhecida no Brasil? Apesar de parecer um tanto hermética, a obra nos chama a desvendar o segredo de sua "poeticidade" desde o mais elementar princípio.
As primeiras páginas tampouco são fáceis ou esclarecedoras. Milene Leandro, protagonista (que, muitas vezes, se confunde com a voz do narrador), é alguém muito fora dos padrões socialmente estabelecidos. Ao início, suas atitudes parecem descabidas ou imaturas; contudo, essa impressão se mantém até sermos apresentados aos demais personagens da obra, hipócritas, manipuladores e, nem por isso, essencialmente ruins - apenas humanos.
A delicadeza do olhar sobre Milene (cujas atitudes só terão uma justificativa plausível ao final do enredo) instiga e comove o leitor. Entretanto, esta é uma obra grandiosa, que vai muito além da subjetividade lindamente construída; aos poucos, Lídia vai introduzindo em seu livro temas tão difíceis como o racismo, a doença, a morte, a fama, as aparências sociais.
Como disse a escritora em uma entrevista, Milene é uma personagem maior que o próprio livro. Sua maneira particular de lidar com as tragédias e os acontecimentos ao seu redor é tocante, inspiradora. Uma obra para aprendermos a escutar a voz dos mais fracos.
As primeiras páginas tampouco são fáceis ou esclarecedoras. Milene Leandro, protagonista (que, muitas vezes, se confunde com a voz do narrador), é alguém muito fora dos padrões socialmente estabelecidos. Ao início, suas atitudes parecem descabidas ou imaturas; contudo, essa impressão se mantém até sermos apresentados aos demais personagens da obra, hipócritas, manipuladores e, nem por isso, essencialmente ruins - apenas humanos.
A delicadeza do olhar sobre Milene (cujas atitudes só terão uma justificativa plausível ao final do enredo) instiga e comove o leitor. Entretanto, esta é uma obra grandiosa, que vai muito além da subjetividade lindamente construída; aos poucos, Lídia vai introduzindo em seu livro temas tão difíceis como o racismo, a doença, a morte, a fama, as aparências sociais.
Como disse a escritora em uma entrevista, Milene é uma personagem maior que o próprio livro. Sua maneira particular de lidar com as tragédias e os acontecimentos ao seu redor é tocante, inspiradora. Uma obra para aprendermos a escutar a voz dos mais fracos.
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