A obra, aparentemente infantojuvenil, trabalha de maneira um tanto irônica a ideia do amor aos livros. O mote principal é a história de um garoto, que, ao ser sequestrado na própria biblioteca de sua cidade, descobre em que consiste o pagamento de seus funcionários: o direito de raptar um usuário, de vez em quando, para comer seu saboroso cérebro. Aliás, quanto mais o leitor for curioso e empenhado, mais delicioso será o banquete para os bibliotecários.
Outros dois personagens, ainda mais próximos da fronteira do inverossímil (ou do real maravilhoso) participam diretamente da trama: um homem que se veste como carneiro e é assistente do bibliotecário e uma menina "diferentona", diga-se de passagem (que é meio fantasma, meio ilusão, meio difícil de definir). Um adendo: para quem leu "Caçando carneiros", fica bem claro que a ideia do homem-animal faz parte da mitologia pessoal do escritor.
Na última página da obra, para ser exata, vemos que este não é apenas mais um livro para jovens (apesar do humor, do mistério, da fantasia). O final, ainda que bastante abrupto, revela vários novos significados para o enredo, alguns deles bastante trágicos. Somado à escrita deliciosa de Murakami e uma diagramação verdadeiramente artística, o livro é um banquete (mesmo para quem não é devorador de cérebros).
Outros dois personagens, ainda mais próximos da fronteira do inverossímil (ou do real maravilhoso) participam diretamente da trama: um homem que se veste como carneiro e é assistente do bibliotecário e uma menina "diferentona", diga-se de passagem (que é meio fantasma, meio ilusão, meio difícil de definir). Um adendo: para quem leu "Caçando carneiros", fica bem claro que a ideia do homem-animal faz parte da mitologia pessoal do escritor.
Na última página da obra, para ser exata, vemos que este não é apenas mais um livro para jovens (apesar do humor, do mistério, da fantasia). O final, ainda que bastante abrupto, revela vários novos significados para o enredo, alguns deles bastante trágicos. Somado à escrita deliciosa de Murakami e uma diagramação verdadeiramente artística, o livro é um banquete (mesmo para quem não é devorador de cérebros).
Comentários
Postar um comentário