O calhamaço de quase 600 páginas, ganhador de vários prêmios literários, tem seu valor. No entanto, há muito de egolatria também - mais em relação à autora (Vilma) do que ao biografado (o verdadeiro Rosa).
O livro reúne vários textos da filha sobre o pai - no entanto, eles são extremamente repetitivos e poderiam muito bem ser resumidos em um só artigo, muito mais sucinto. Afinal, mesmo que a autora pareça esquecer, quem adquire esta obra está interessada na escrita do seu pai - e não na dela.
A segunda parte da obra, com cartas de Rosa dirigidas à sua família e a amigos, é o que faz valer a leitura (afinal, aqui sim temos acesso à escrita do autor). As cartas endereçadas ao pai, nas quais ele pede descrições do sertão para aproveitar em seus escritos, são especialmente interessantes.
Outro p0nto que me incomodou bastante foi o endeusamento de Rosa, apresentado como figura sem defeitos. E uma certa infantilização da escritora, que continua chamando-o de "papai", mesmo quando já tem idade o suficiente para enxergá-lo como ser humano e literato, muito além de figura familiar.
O livro reúne vários textos da filha sobre o pai - no entanto, eles são extremamente repetitivos e poderiam muito bem ser resumidos em um só artigo, muito mais sucinto. Afinal, mesmo que a autora pareça esquecer, quem adquire esta obra está interessada na escrita do seu pai - e não na dela.
A segunda parte da obra, com cartas de Rosa dirigidas à sua família e a amigos, é o que faz valer a leitura (afinal, aqui sim temos acesso à escrita do autor). As cartas endereçadas ao pai, nas quais ele pede descrições do sertão para aproveitar em seus escritos, são especialmente interessantes.
Outro p0nto que me incomodou bastante foi o endeusamento de Rosa, apresentado como figura sem defeitos. E uma certa infantilização da escritora, que continua chamando-o de "papai", mesmo quando já tem idade o suficiente para enxergá-lo como ser humano e literato, muito além de figura familiar.
Comentários
Postar um comentário