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Elis (filme de 2016)

De toda a recente sequência de filmes brasileiros baseados em vidas de cantores (talvez iniciada com Cazuza), esta foi, sem dúvida, a obra mais bem realizada. Ao contrário da produção que se propôs a narrar a trajetória de Cazuza e a que tentou recompor a juventude de Renato Russo, aqui o foco não é a entrega de Elis às drogas (sem que, contudo, este importante fato seja eliminado de sua biografia).

A artista é vista neste longa pelo que é: alguém que foi atrás de uma carreira prazerosa, na qual pudesse realizar o seu dom e desejo de cantar. O fim trágico da cantora é narrado com delicadeza, evitando os tantos julgamentos morais sobre seu comportamento para priorizar a beleza de sua voz.

As tiradas sarcásticas da personagem (que debocha de Nara Leão, da Jovem Guarda, entre outros) caem muito bem na interpretação excelente de Andréia Horta, que recria todos os trejeitos e a risada debochada de Elis.

Além de todos esses fatos somados, o filme dá uma aula sobre MPB, recriando todo o contexto da época - e, claro, com uma excelente trilha sonora.


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