Josephine Peary foi a esposa do primeiro homem branco a alcançar o coração do Polo Norte. O filme Ninguém deseja a noite é uma biografia romanceada dessa mulher do século XIX e retrata o período em que ela decide ir atrás do marido e esperar seu regresso da grande empreitada de conquista do Polo.
Durante sua viagem corajosa (enfrentando tempestades de neve, ursos e um frio congelante), Josephine entra em contato com a amante grávida do marido. A partir deste confronto e encontro entre duas mulheres com o mesmo objetivo (aguardar o regresso de Peary), mas de mundos distintos (uma branca europeia e uma indígena americana), o diretor traça um novo rumo para estas histórias, dando um enfoque poético à relação entre as protagonistas.
A fotografia é um dos pontos de excelência da obra, sabendo trabalhar muito bem o contraste entre a imensidão branca do Polo e a pequenez humana. A trilha sonora e as atuações, contudo, talvez pequem um pouco pelo excesso de melodramaticidade. É um filme bonito e bem construído, mas que deixa evidente sua intenção de emocionar o espectador, interferindo na verossimilhança da produção.
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