Um quadrinho que traz como personagens Gertrude Stein, Picasso, Braque, Alice B. Toklas, Apollinaire, dentre tantas outras figuras icônicas do século XX, prometia ser uma obra em quadrinhos minimamente interessante. Contudo, ao final da leitura tive a sensação de estar diante de uma obra com o mesmo senso estético de Orgulho e preconceito zumbis ou algo que o valha. É um livro ao qual talvez dê outra chance no futuro - afinal, em muitos casos reconheço que me faltaram referências para compreender o fluxo da narrativa - mas acho muito improvável que minha opinião mude muito radicalmente sobre ela.
Vulgarizado após a criação dos reality shows , o livro de George Orwell se tornou um daqueles clássicos que todos comentam e que ninguém leu. Qualquer um quer falar com propriedade do Grande Irmão, da sociedade vigiada, mas todos esses clichês não chegam perto do clima opressor que o autor impõe à sua narrativa. 1984 é uma obra provocativa e premonitória. Ainda que as ditaduras não tenham obtido o poder previsto pelo escritor (pois se travestiram de democracia), os cenários descritos são um retrato mordaz dos nossos tempos modernos. Um exemplo: para entreter a grande massa (os "proles"), o governo do Grande Irmão tem em seu poder máquinas que criam letras de músicas de amor aleatoriamente. Essas canções, desprovidas de essência humana, são entoadas pelo povo e logo se tornam o ritmo do momento. E assim se revela mais um dos inúmeros meios de controlar uma população que não pensa, não critica e não questiona. Quando foi escrito, 1984 era uma obra futurística. Lido h...
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