Todo o auê da academia em torno de La La Land só serviu para confirmar o mau gosto de Hollywood - que talvez tenha sido salvo ao atribuir, no último minuto, o prêmio de melhor filme a Moonlight. No entanto, apenas a indicação de uma obra tão fraca já é uma prova dos clichês do Oscar.
Com atuações dignas (mas não espetaculares), um enredo sem grandes atrativos (com um final ligeiramente mais interessante) e uma trilha sonora extremamente batida, La La Land conseguiu destaque por trabalhar com os estereótipos apreciados pelos críticos: uma protagonista com vestidos que remetem à era clássica do cinema, uma ou outra referência à história da sétima arte e jazz tocando ao fundo.
Assim como é certo que histórias sobre rainhas da Inglaterra conquistam o coração dos estadunidenses, a fórmula de música clichê com revalorização do cinema antigo atinge em cheio o ego hollywoodiano. Há tantos exageros na produção, desde a primeira cena, que é difícil levar o longa a sério. Trata-se de uma história simples contada de maneira hiperbólica. O resultado é apenas ok.
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