Livro bastante enxuto, de poucas páginas e quantidade reduzida de poemas, "José" já rivaliza na minha lista de preferidos de Drummond, em uma concorrência acirrada com "Claro Enigma". A estrutura da obra ganha pela simplicidade - são apenas 11 poemas, mas quase todos absolutamente antológicos, peças de perfeição.
Talvez nem todas as sete faces do gauche sejam contempladas nesta seleção; contudo, traços arquetípicos de sua produção poética são belamente trabalhados. A metalinguagem encontra-se sintetizada com primor em "O lutador"; o questionamento existencial, em "José"; a prosopopeia (transferindo questionamentos humanos a objetos ou partes do corpo), em "Edifício Esplendor", "As mãos sujas", "Os rostos imóveis"; a genealogia problemática em "Viagem em família"...
A face erótica do eu lírico é, talvez, a única (quase) ausente nesta obra. Ainda assim, vários aspectos do seu discurso polifônico e multifacetado se revelam nesses incríveis poemas. É um belo caleidoscópio da produção drummondiana.
Talvez nem todas as sete faces do gauche sejam contempladas nesta seleção; contudo, traços arquetípicos de sua produção poética são belamente trabalhados. A metalinguagem encontra-se sintetizada com primor em "O lutador"; o questionamento existencial, em "José"; a prosopopeia (transferindo questionamentos humanos a objetos ou partes do corpo), em "Edifício Esplendor", "As mãos sujas", "Os rostos imóveis"; a genealogia problemática em "Viagem em família"...
A face erótica do eu lírico é, talvez, a única (quase) ausente nesta obra. Ainda assim, vários aspectos do seu discurso polifônico e multifacetado se revelam nesses incríveis poemas. É um belo caleidoscópio da produção drummondiana.
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