O trailer de Paterson adianta vários pontos que merecem atenção durante a obra - assim, fui assisti-la com o olhar de quem procura pistas, ganchos soltos, significados nas entrelinhas. Ainda que, de certa forma, esta busca por verdades absolutas no filme possa ter me frustrado um pouco (afinal, este longa não segue os padrões e clichês típicos do cinema, esperados pelo espectador), ela também me ajudou a direcionar meu foco para os pequenos detalhes de cada cena - que são o que realmente importam.
Assim como ocorre nos contos de um dos meus escritores preferidos, o russo Tchekhov, este é um enredo em que nada acontece. O objetivo não é criar uma trama astuciosa ou mirabolante, mas elaborar um retrato mais fiel e delicado da vida, com todas as suas incertezas e fragilidades.
É uma obra elaborada com paciência, assim como os poemas do protagonista; uma expressão de uma subjetividade rica, mesmo que presa às rotinas (por vezes cansativas, massacrantes), formulários, burocracias... É um retrato de como, no fim de tudo, sempre deve sobrar um espaço para repensarmos a nós mesmos. Afinal, mesmo em um enredo em que não acontece nada, tudo pode ser ressignificado.
Assim como ocorre nos contos de um dos meus escritores preferidos, o russo Tchekhov, este é um enredo em que nada acontece. O objetivo não é criar uma trama astuciosa ou mirabolante, mas elaborar um retrato mais fiel e delicado da vida, com todas as suas incertezas e fragilidades.
É uma obra elaborada com paciência, assim como os poemas do protagonista; uma expressão de uma subjetividade rica, mesmo que presa às rotinas (por vezes cansativas, massacrantes), formulários, burocracias... É um retrato de como, no fim de tudo, sempre deve sobrar um espaço para repensarmos a nós mesmos. Afinal, mesmo em um enredo em que não acontece nada, tudo pode ser ressignificado.
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