Nada mais natural que um filme, cuja temática é a morte, exija paciência do espectador. Afinal, aqui estamos diante de temas grandiosos e inexplicáveis como a eternidade, a dor, o sofrimento, a passagem da vida. E ainda que este percurso pareça tão lógico e coeso, ele vai incomodar a quem está do outro lado da tela, na ponta oposta chamada vida.
O clichê utilizado para representar o espírito humano - um lençol com dois buracos nos olhos - é uma dica para quem se propõe a encarar a produção. Não é na representação física que a morte se apresenta; pelo contrário, os efeitos da perda de um ser amado revelam-se naquilo que não se pode ver ou tocar.
Assim, o uso do tempo é a grande estrela deste longa. Enquanto não captamos a ideia que rege a produção, parecemos estar diante apenas de cenas mal cronometradas - tolo engano. Um dos norteadores desta obra é o mostrar a importância dos pequenos momentos e o rápido fluir dos dias, sem cair no discurso de autoajuda.
Do conjunto, apenas uma cena me deixou um pouco irritada, ao final da obra - tanto por seu anacronismo histórico quanto por um juízo de valor bastante negativo em relação aos indígenas. Fora este mau momento, o longa é uma joia rara: trata-se de um filme com ritmo próprio, bastante alheio ao modo padrão de se contar uma história em Hollywood. O fato de o Casey Affleck passar boa parte da obra com o rosto coberto por um lençol também é maravilhoso, já que o ator não é lá aquelas coisas. Enfim, um filme feito de muitos acertos.
O clichê utilizado para representar o espírito humano - um lençol com dois buracos nos olhos - é uma dica para quem se propõe a encarar a produção. Não é na representação física que a morte se apresenta; pelo contrário, os efeitos da perda de um ser amado revelam-se naquilo que não se pode ver ou tocar.
Assim, o uso do tempo é a grande estrela deste longa. Enquanto não captamos a ideia que rege a produção, parecemos estar diante apenas de cenas mal cronometradas - tolo engano. Um dos norteadores desta obra é o mostrar a importância dos pequenos momentos e o rápido fluir dos dias, sem cair no discurso de autoajuda.
Do conjunto, apenas uma cena me deixou um pouco irritada, ao final da obra - tanto por seu anacronismo histórico quanto por um juízo de valor bastante negativo em relação aos indígenas. Fora este mau momento, o longa é uma joia rara: trata-se de um filme com ritmo próprio, bastante alheio ao modo padrão de se contar uma história em Hollywood. O fato de o Casey Affleck passar boa parte da obra com o rosto coberto por um lençol também é maravilhoso, já que o ator não é lá aquelas coisas. Enfim, um filme feito de muitos acertos.
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