O teatro de Dias Gomes, muitas vezes, lida com personagens arquetípicos na construção do drama. Se, por um lado, esse recurso pode ser tachado de simplista, por outro é inegável que ele dá dinâmica e fluidez à narrativa. Com personagens que são fáceis de entender, cujas motivações são óbvias para o leitor/espectador, toda a surpresa fica por conta do desenrolar dos fatos - arte na qual Dias Gomes, novelista de mão cheia, é versado.
O protagonista de "O Pagador de Promessas", Zé do Burro, causa comoção quase imediata do público por sua inocência pueril. No entanto, nas falas de um homem sem estudos e sem muita malícia, o autor da peça vai inserindo fortes questionamentos à Igreja e à autoridade. Não é à toa que sua exibição foi censurada durante boa parte da Ditadura Militar.
Livro para pegar gosto pela coisa, é uma excelente indicação para superar os traumas de quem não gosta de ler. E para quem gosta, é um prato cheio.
O protagonista de "O Pagador de Promessas", Zé do Burro, causa comoção quase imediata do público por sua inocência pueril. No entanto, nas falas de um homem sem estudos e sem muita malícia, o autor da peça vai inserindo fortes questionamentos à Igreja e à autoridade. Não é à toa que sua exibição foi censurada durante boa parte da Ditadura Militar.
Livro para pegar gosto pela coisa, é uma excelente indicação para superar os traumas de quem não gosta de ler. E para quem gosta, é um prato cheio.
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