Jorge de Lima é um autor por desvendar - não somente por mim, mas por toda uma fortuna de crítica literária que, ainda que reconheça constantemente sua importância, raramente dá explicações mais profundas (ou acessíveis) sobre o seu fazer poético.
Considerado pela academia como um poeta hermético, Lima é um versador de muitas faces. Em seus poemas de temática mais social, consegue atingir o grande público com uma clareza de linguagem notável. Assim, entre multifacetado e enigmático, é um escritor múltiplo.
Os "Novos Poemas" e os "Poemas Escolhidos" revelam a faceta modernista do poeta. São versos muito preocupados com o elemento social, com a luta de classes, com a valorização do povo negro. No entanto, publicados por um médico de classe média branco, são carregados de uma visão mais filantrópica do que empática. Há um certo tom "caridoso" em alguns poemas, que pregam o respeito ao povo negro em função da sua importância para a história do país - sem perceber que respeito é um ato que não necessita de justificativas.
Apesar de algumas falhas no discurso, o modernismo de Jorge de Lima, voltado para o outro, é inovador - e, em certa medida, potente.
Considerado pela academia como um poeta hermético, Lima é um versador de muitas faces. Em seus poemas de temática mais social, consegue atingir o grande público com uma clareza de linguagem notável. Assim, entre multifacetado e enigmático, é um escritor múltiplo.
Os "Novos Poemas" e os "Poemas Escolhidos" revelam a faceta modernista do poeta. São versos muito preocupados com o elemento social, com a luta de classes, com a valorização do povo negro. No entanto, publicados por um médico de classe média branco, são carregados de uma visão mais filantrópica do que empática. Há um certo tom "caridoso" em alguns poemas, que pregam o respeito ao povo negro em função da sua importância para a história do país - sem perceber que respeito é um ato que não necessita de justificativas.
Apesar de algumas falhas no discurso, o modernismo de Jorge de Lima, voltado para o outro, é inovador - e, em certa medida, potente.
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